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CORPOS DISSONANTES: O PESO DA CULTURA SOBRE O SUJEITO GORDO
Alexandre Mendes de Oliveira
Bárbara Costa Andrada Dirce de Sá Resumo Ser gordo nem sempre foi um problema na história da humanidade. Diante
dessa afirmação esse trabalho busca entender um pouco a pressão cultural e social
sobre a pessoa gorda, como fica evidenciado no fenômeno da lipofobia na cultura
do século XXI. Há alguns fatores psíquicos que ficam proeminentes, como o
narcisismo por exemplo. A autoimagem nunca foi tão reverenciada, alia-se tudo
isso a questão de vivermos em uma cultura somática. O discurso da mídia que
valoriza corpos magros e idealizados – seja por meio de palavras, textos, imagens
ou vídeos - pode naturalizar e difundir o discurso lipofóbico. A pessoa gorda se vê
pressionada muitas vezes pelo social, pela cultura, a ter que se adequar às
expectativas sociais de emagrecimento, a fim de escapar do estigma social do corpo
gordo. O estigma da gordura e a pressão social para o emagrecimento podem causar
profundo sofrimento.
Além do estigma social que o corpo gordo carrega, há uma dimensão
específica da contemporaneidade em torno da gordura corporal: trata-se dos
processos patologização da gordura e medicalização de corpos gordos. Na
contramão dessa cultura vem o movimento fat pride (orgulho gordo) que busca com
que haja espaço e direitos para essas pessoas, que por vezes ficam à margem,
estigmatizadas. O objetivo principal desse trabalho é trazer esse assunto para ser
discutido por profissionais da área de humanas, da saúde, outros campos de saber,
bem como a sociedade como um todo, para que possa assim repensar seu modo de
funcionamento.
Palavras-chave Lipofobia; Corpos gordos; Obesidade; Pessoas Gordas; Medicalização |
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