A DIETA DA ESTEATOSE HEPÁTICA
Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan CRM 52.45054-3 |
Também conhecida como doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA) ou simplesmente esteatose hepática, pode estar presente em vários diagnósticos porém vamos abordar a que afeta as pessoas que apresentam aumento da circunferência abdominal independentemente do peso. Para os adultos, adolescentes e jovens, os números gerais, estatisticamente consideradao normais, é até 94 cm para os homens e até 80 cm para as mulheres, sendo que tais medidas não são aplicáveis para as crianças e púberes e há alterações de acordo com algumas etnias. A esteatose hepática gordurosa não alcoólica está relacionada à síndrome metabólica e suas consequências como aumento do risco para a resistência insulínica, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia e alguns tipos de cânceres. Sua causa é decorrente principalmente do comportamento alimentar inadequado prolongado, por muitas décadas, através da sobrecarga de ingestão de carboidratos de absorção rápida, gorduras e bebidas alcoólicas, sendo que esta última nem sempre está presente, porém é um importante agravante. Nestes alimentos ruins podemos incluir os refrigerantes, sucos de frutas, cervejas e doces em geral e também a gordura saturada, principalmente das fontes animais, aumentam a gravidade desta condição. Esse comportamento alimentar ruim causa excesso de insulina no sangue que por sua vez favorece o depósito gorduroso nas vísceras. A esteatose hepática é vista pela ultrasonografia abdominal e ocorre, na verdade, em todas as visceras abdominais. É por isso que a circunferência abdominal aumenta e algumas vezes se assemelha a um tambor. As vísceras não foram destinadas para acumular gordura e quando está é um acúmulo ectópico, fora do lugar correto. Essa gordura visceral ectópica produz fatores inflamatórios que se disseminam pelo sangue para todo o organismo, conhecida como RESISTÊNCIA INSULÍNICA. E aí acontece um círculo vicioso: a glicemia se eleva que por sua vez estimula ainda mais a secreção da insulina, que por sua vez aumenta ainda mais o depósito gorduroso nas visceras e assim por diante. Este todo ciclo-vicioso teve seu início na alimentação ruim. Portanto, para corrigir essa sequência de erros, inicia-se pela dieta. A dieta dever ser feita pela nutricionista do tipo hipocalórica, hipoglicídica e hipolipidica com a interrupção das bebidas alcoólicas. Os “sucos” de frutas também contém frutose de absorção rápida, portanto causa resposta hiperglicêmica e hiperinsulinêmica e piora a esteatose hepática. Porém, “comer a fruta em si não acarreta este risco”, pois a absorção intestinal passa a ser lentificada devido à rica presença das fibras. A cerveja é a pior das bebidas, pois é feita de fermentação de cereal e contém carboidratos de absorção rápida. É relevante te informar que dietas radicais, do tipo zero carboidratos e hiperprotéicas e hiperlipidicas, causam emagrecimento rápido, porém com produção excessiva de cetonas que podem aumentar a resistência insulínica e favorecer a esteatose hepática. Além da dieta para redução do peso é importante a aumento das atividades físicas. Não existe ainda algum remédio específico para a esteatose hepática sendo que os rotulados como protetores hepáticos não funcionam para a redução da esteatose hepática e outros que pouco podem ajudar somente funcionam com a correção dos fatores ambientais. Então, se você tem esteatose hepática, faça o seguinte: 01) Evite consumir açúcares de absorção rápida, como refrigerantes e doces. 02) Evite consumir gorduras saturadas, principalmente as de fonte animal. 03) Reduza o peso. 04) Faça exercícios diários. Assuntos de interesses relacionados: Dieta do Shake Dieta do diabetes 2 Dieta do ácido úrico. Conselhos para emagrecer. Dieta dos triglicerídios. |