O tratamento do diabetes insulinodependente com o uso das bombinhas de insulina, tecnicamente denominados de "Sistemas de Infusão Contínua de Insulina" (SICI) - é um recurso destinado as pessoas com diabetes de difícil controle através dos métodos tradicionais e que tenham capacidade para lidar com equipamentos eletrônicos de alevada complexidade. 

     A terapia eletrônica do diabetes é um recurso eficaz, que melhora o controle glicêmico, reduz as hipoglicemias, diminui a quantidade das espetadas na pele necessárias para as aplicações da insulina pelo método basal e bolus.

     Aos não familiarizados com estes termos, insulina basal significa insulina de ação prolongada e insulina bolus significa a insulina de ação rápida ou ultra rápida usada antes das refeições, portanto, por este método, são necessárias em média cerca de 5 injeções subcutâneas por dia.

      Já com a bombinha, é apenas uma espetadinha na pele a cada 3 dias.  

    As bombinhas de insulinas possuem alta precisão e segurança permitindo múltiplas personalizações no fluxo da insulina subcutânea no decorrer do dia, trazendo resultados de curvas glicêmicas mais estáveis e fisiológicas com melhoras metabólicas vistas através dos níveis da redução da hemoglobina glicosilada e na redução das hipoglicemias. 

     Com o advento dos medidores de glicemia por bluetouch, que comunicam diretamente com as bombinhas os níveis da glicemia de cada minuto, o sistema ficou mais preciso e confortavel, porém ainda necessitam que o usuário aprove cada sugestão de infusão insulínica que o sistema da bombinha recomende.

      As bombinhas tem recursos muito bons na prevenção da hipoglicemia. 

   Quando o sensor glicêmico detecta automaticamente uma tendência hipoglicêmica, a bombinha responde com uma redução automática da infusão de insulina e avisa o usuário. 

     Para a utilização destes equipamentos é necessário dominar a técnica nutricional de contagem dos carboidratos para que cada refeição seja informada ao sistema computacional da bombinha para a programação da insulinização.

      Este sistema é muito aceito pelas crianças com diabetes tipo 1, pois todo o sistema de medição glicêmica e injeção de insulina pode ser realizado através do controle remoto, sob controle do adulto, sem a necessidade de tocarna criança para medir a glicemia ou injetar a insulina. 

  O ponto fraco é permanecer o tempo todo conectado a um cateter entre o equipamento e a pele, sendo necessário troca-lo por volta de 3 dias.  

  Seu preço é elevado e possui alto custo de manutenção, pois há muitos insumos descartáveis que precisam ser periodicamente substituídos e as empresas vendedoras oferecem TEST DRIVE GRATUITO antes da compra com aulas de treinamento com enfermeiras, educadoras em diabetes e nutricionistas. 

    O equipamento é a prova de água, resistente a quedas e pode ser retirado por curtos períodos, cerca de meia hora, como durante o banho e nas relações sexuais, sem repercussões relevantes na glicemia.